Filme “O Tempo e o Vento” retrata uma história de lutas e de amor

24/09/2013 11:57

      O Tempo e o Vento, de Jayme Monjardim, adaptação da obra do escritor Érico Veríssimo, conta a história de lutas e de rivalidade entre a família Terra Cambará e a família Amaral, que durou 150 anos em solo gaúcho. Enquanto o telespectador conhece a luta entre estas duas famílias, os anos vão passando e o longa vai retratando a formação do Rio Grande do Sul, a povoação do território brasileiro e a demarcação de suas fronteiras. A Guerra dos Farrapos, que tornou o Rio Grande do Sul República, entre os anos de 1835 e 1845, também é conhecida no filme de forma muito sutil.

    A história épica é repleta de heróis como o capitão Rodrigo, interpretado por Thiago Lacerda, e o índio castelhano Pedro Missioneiro, interpretado pelo ator Martin Rodriguez. Ao mesmo tempo em que a guerra e as lutas vão acontecendo, uma história de amor iniciada por Ana Terra, personagem de Cléo Pires, vai tecendo a saga épica. Do envolvimento de Ana com o índio castelhano, nasce Pedro, que cresce um homem de garra e bravura.

    A personagem Bibiana Terra Cambará, interpretada pela atriz Fernanda Montenegro, narra a história do início ao final do filme de maneira suave e envolvente dentro do casarão onde morou, no povoado de Santa Fé. O romance de Bibiana com o audacioso Capitão Rodrigo é contado e revelado aos poucos até o final da trama.

    Os costumes e trajes típicos do povo gaúcho são muito bem retratados no filme. O chimarrão, o vestido da prenda, a bombacha do peão e o sotaque carregado do sul do país são nítidos aos olhos do público.

    Na minha opinião, o filme “O Tempo e o Vento” é uma história de amor, de lutas e rivalidades que o tempo ainda não apagou. Sentimentos retradados de forma emocionante por trás de uma obra repleta de acontecimentos, encontros e desencontros. Sem falar na cidade cenográfica (Santa Fé) montada na cidade de Bagé/RS, que mostra um cenário repleto de campos verdes, riachos e casarões antigos, muito bem adaptados à época.

 
Marcele Saffi – Jornalista – MTB 13063
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