Patronos da Feira do Livro mostram seu apoio aos jornalistas

No primeiro final de semana da 59ª Feira do Livro de Porto Alegre, seis recentes patronos do evento fizeram questão de demonstrar seu apoio à valorização dos jornalistas. Entre uma sessão de autógrafos, um chopp ou uma pipoca, esses símbolos da literatura vestiram a camiseta com os dizeres “Sem jornalista não tem informação”.

            A atual encarnação do mais querido evento literário da Capital, o escritor e professor de literatura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Luís Augusto Fischer, que já havia declarado sua indignação com a baixa remuneração dos jornalistas, confirmou sua adesão à campanha. “Contem comigo”, conseguiu exclamar entre inúmeros pedidos de autógrafos de fãs que foram ouvir seu discurso de abertura do evento, na sexta-feira, 1º de novembro. Seu antecessor imediato, Luiz Coronel, tampouco titubeou em posar para a foto com a vestimenta. Também o poeta Armindo Trevisan, patrono em 2001, aderiu à ação.

            Patrono no ano de 2006, o escritor Alcy Cheuiche lembrou: “Apoio porque os jornalistas são os primeiros a serem calados a força nas ditaduras”.

            Seu colega, que redige histórias infantis e foi o embaixador do livro na edição de 2009, Carlos Urbim, afirmou sorridente: “Eu fecho muito com esta ideia (de que sem jornalista não tem informação)”!

            Um dos vários profissionais de imprensa que já ocuparam o posto de patrono, Walter Galvani, em 2003, lembrou que compete ao jornalista o papel de mediador entre a sociedade e os fatos “e isso só se faz com competência, preparação e formação adequados”.

            “Essa mobilização é fundamental, o único caminho para o reconhecimento dos jornalistas é deixarmos de lado as diferenças e a competição em nome de uma bandeira maior”, ensina Galvani.

            Também quem não trabalha criando histórias, mas as edita em volumes e coloca no mercado, sabe da importância dos profissionais da imprensa para a sociedade. Como o presidente do Banco do Livro, Waldir da Silveira. “São os jornalistas que instrumentalizam a informação, são o canal para que possamos entender os acontecimentos. Sem informação eu não vivo, é como se fosse um alimento para mim”, enaltece.

Personalidades da cultura nacional se unem à campanha

Fonte: Sindicato dos Jornalista do Rio Grande do Sul